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quarta-feira, 18 de maio de 2011

DIA 18 DE MAIO DIA DO VIDRACEIRO

18 DE MAIO

A época da descoberta do vidro não está ainda bem determinada, havendo a este respeito opiniões contraditórias. Porém, todos concordam em atribuir-lhe uma grande antiguidade, ainda que mais ou menos remota.
Não são conhecidos dados precisos sobre a sua origem e apenas se pôde chegar à conclusão de que, depois da descoberta de objetos de vidro nas necrópoles egípcias, ele deveria ter sido conhecido 3000 anos a.C.
Dia dos Vidreiros
Parece que Tebas foi o verdadeiro berço da indústria vidreira egípcia. Os egípcios são, por isso, os povos que, antes de quaisquer outros, cultivaram em tempos remotos a arte da vidraria e a elevaram a um alto grau de esplendor.
Desde o ano 1550 a.C, até ao começo da era cristã, o Egito conservou o primeiro lugar na indústria do vidro, que foi gradualmente centralizada em Alexandria, de onde se diz que os mercadores fenícios a levaram a todos os mercados do Mediterrâneo.
Diz-se que esta indústria se estabeleceu em Roma no tempo de Tibério, aperfeiçoando-se e suplantando, desde logo, a indústria egípcia.
Sem dúvida, os Romanos aprenderam, pelas suas relações com o Egito, esta arte e se tornaram exímios nela, chegando a conhecer os mais adiantados processos de lapidagem, pintura, colorido, gravura e mesmo a moldagem do vidro assoprado.
Os Romanos espalharam a indústria do vidro por todos os países que conquistaram.
Quando se deu a invasão dos bárbaros, esta indústria esteve em risco de desaparecer; e teria mesmo desaparecido, se não fora a previdência do imperador Constantino Magno. Este, ao mudar a capital para Bizâncio, hoje Constantinopla, levou no seu séquito exímios artistas do vidro.
Assim, começou desde logo o Oriente a ter o monopólio deste comércio, devido principalmente à protecção que Teodósio II dispensou aos seus fabricantes, isentando-os de diferentes impostos e dando-lhes outros benefícios de alto valor social e comercial.
Consta que os Romanos, quando invadiram o Egipto, no tempo de Júlio César, estabeleceram como imposto de guerra o fornecimento de artefactos de vidraria, tal era a importância que davam a estes produtos.
As mais importantes personagens alemãs dos séculos XVII e XVIII, que nesta arte se salientaram, foram os vidreiros: Scaper, Benchat, Keyell e o quimico Kunkel.
Logo a seguir à Alemanha, distinguiu-se a Checoslováquia (uma vez insta lada a indústria na Boémia), onde se iniciou o fabrico do vidro e cristal gravado e lapidado, cuja descoberta se deve a Gaspar Lehman, a quem o imperador Rodolfo II concedeu o título de Gravador Real ou da Corte.
Na França, a indústria existia já do tempo em que os Romanos conquis taram as Gáleas; mas, a partir do séc. XIII, tornou-se notável.
E, nos finais do séc. XVIII, especialmente com as iniciativas de Colbert, a indústria vidreira fixou-se ali e prosperou.
Fonte: Terravista
DIA DOS VIDREIROS

18 DE MAIO

O VIDRO

A história do surgimento do vidro remonta milhares de anos, confundindo-se com a história da humanidade, suas conquistas nas diversas áreas, expansões culturais e territoriais.
Entre 3 e 4 mil anos atrás, sabia-se que através da fundição de elementos naturais em altas temperaturas chegava-se a novos materiais até então desconhecidos, como o ferro e o bronze já bastante utilizados. Em busca de novos resultados pesquisas eram realizadas. Indícios nos levam a crer que na região da Mesopotâmia, entre os Rios Tigre e Eufrates, alcançaram um resultado brilhante, opaco e rígido, com características bem diferentes dos metais, lembrando mais um pedra preciosa. Eram os primeiros passos para que com esta pasta vítrea, séculos e séculos depois, se chegasse ao vidro como é hoje conhecido.
Dia dos Vidreiros
As matérias fundidas então eram a sílica em forma de areia e quantidade preponderante, o natron - material sódico que baixava o ponto de fundição da sílica, e cinzas vegetais com boa quantidade de potássio e mais alguns óxidos.
Esta mistura precariamente fundida em precários fornos, passava ainda por um processo de purificação difícil e demorado onde eram acrescidos óxidos que lhe davam cores.
O conhecimento deste sistema de produção se expande pela Fenícia, Síria e norte da África, no Egito.
Com esta pasta vítrea eram produzidos pequenos objetos decorativos, de uso pessoal ou doméstico, que se limitavam a placas, cilindros, anéis, miniaturas e imitações de pedras preciosas, muito valorizados e destinados a elite da época.
A grande evolução da produção vidreira foi séculos mais tarde quando se passou a utilizar um tubo oco metálico que possibilitava que a pasta vítrea fosse soprada ganhando formas variadas, como garrafas, vasos e vários utensílios. O resultado do desenvolvimento desta ferramenta é a cana de vidreiro até hoje fundamental na produção do vidro artístico.
A expansão do vidro acompanhou a trajetória das conquistas territoriais tendo séculos mais tarde uma grande influência do Império Romano, que havia trazido do Egito artífices que com seus conhecimentos produziram o vidro romano e mais tarde o disseminaram pela Europa.
Na decadência do Império Romano, as famílias que dominavam as técnicas e os conhecimentos vidreiros se espalharam pela Europa. Alguns grupos específicos se destacaram por motivos próprios, como aqueles de Altare e Veneza no norte da Itália.
Veneza tem um papel muito importante na história do vidro, sua produção era incentivada para fins comerciais com o oriente, tanto que para resguardar seus segredos, em 1290 as fábricas de vidro foram limitadas à ilha de Murano à setecentos metros de Veneza, onde a entrada e saida dos mestres vidreiros eram severamente controlada. Em contrapartida, estes artesãos receberam regalias de nobres inclusive com direito de cunhar suas próprias moedas de prata e ouro.
A importância de Murano, que passou a ser sinônimo do vidro ali produzido, foi a constante busca do aperfeiçoamento das técnicas e qualidade, tendo sido, na ilha no séc. XV descoberto o primeiro vidro cristalino, ou transparente.
A produção vidreira já era realizada em vários pontos da Europa, Oriente e Ásia. Com o vidro cristalino um novo impulso toma conta do mundo vidreiro. Na Inglaterra, países nórticos e na Bohemia o chumbo é adotado como fundente originando peças utilitárias finas, com sonoridade e brilho intenso.
Murano aperfeiçoa seu vidro artístico, colorido, exigente de um trabalho artesanal e de muita criatividade mantendo assim a tradição das origens egípcias e fenícias.
Enquanto Murano manteve-se produzindo o vidro artístico cem por cento dependente do trabalho manual, a indústria do vidro implantou cada vez mais as máquinas em sua produção, aperfeiçoando o vidro plano em grande variedade e toda sorte de produtos, de componentes de naves espaciais à panelas, que hoje fazem parte da vida do homem moderno.
Fonte: www.cristaiscadoro.com.br

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